De Amor e de Perdão… Além do Arco-Ãris – por Oriza Martins
De Amor e de Perdão… Além do Arco-Ãris
Ambientado na década de 1930, em São Paulo, Brasil, e inspirado no livro de Jane Austen “Orgulho ‘ Preconceitoâ€, “De Amor e de Perdão… Além do Arco-Ãris†narra o romance entre Ãlvaro, jovem herdeiro de famÃlia tradicional da elite paulistana e Carol, uma jovem de classe média.
Amor, paixão, orgulho, preconceito, intolerância, perdão, redenção e um toque de mistério constituem os ingredientes da trama.
Sumário
CapÃtulo 1 – De conhecimento
CapÃtulo 2 – De intolerância
CapÃtulo 3 – De tristeza e de paixão
CapÃtulo 4 – De emoções
CapÃtulo 5 – De orgulho
CapÃtulo 6 – De reflexão
CapÃtulo 7 – De investigação
CapÃtulo 8 – De amor e de perdão
CapÃtulo 1 – De conhecimento
Na década de 1930, a cidade de São Paulo despontava no cenário mundial com todo seu potencial de importante metrópole.
Era uma época de grandes transformações, alteração dos costumes, efervescência literária e musical com o sucesso do rádio popularizando ritmos nacionais.
Ãlvaro de Souza Freire, um jovem herdeiro de tradicional famÃlia paulistana, Â aficionado por leitura, costumeiramente visitava as livrarias do centro da cidade.
Em uma das visitas ao bairro da Mooca, onde ficava instalada a sede das indústrias de sua famÃlia, o rapaz deparou com uma pequena – porém bem equipada – livraria de bairro.
Entrou no estabelecimento e estava a analisar os tÃtulos expostos, quando percebeu em um dos cantos a presença de uma jovem de singular beleza, aparentemente arrumando os livros. Presumiu que se tratava de uma das vendedoras.
Adquiriu uma obra após algum tempo de consulta, mas demorou-se um pouco na livraria, magnetizado pela presença da jovem, embora o dissimulasse muito bem.
Ãlvaro era um rapaz aparentemente sisudo, tido como pessoa orgulhosa, mas polido, cortês e bem-humorado no trato social. Havia frequentado a famosa Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, assumindo parte dos negócios da famÃlia, após a formatura.
Finalmente, acabou por retirar-se do estabelecimento, mas levou no pensamento a figura da jovem balconista, de nome Carol.
Impressionado pela beleza e postura educada de Carol, Ãlvaro tornou-se cliente assÃduo da livraria, logo mantendo com ela uma respeitosa amizade, mas no fundo sentindo-se completamente apaixonado pela jovem. Muitas vezes, entretanto, não a encontrava no estabelecimento, mas não se sentia à vontade para perguntar sobre seu paradeiro.
– Deve estar fazendo serviços externos – pensava ele.
Ãlvaro trazia o coração inundado por aquele sentimento arrebatador, mas relutava em assumi-lo, considerando a diferença social entre ambos. Várias vezes ele tentara deixar de frequentar a livraria, mas acabava cedendo ao desejo de vê-la. Sabia que teria de enfrentar uma forte oposição familiar, se um romance entre ambos porventura se concretizasse.
Ambos mantinham frequentes diálogos sobre obras de prosa e verso.
Saiba mais